Pare na calçada, por cinco minutos, e observe os carros na via. Certamente você irá flagrar inúmeras infrações, muitas delas, capazes de revoltar as pessoas que estão em volta e presenciam a cena, como é o caso da imagem ao lado. Recebemos um vídeo de um internauta denunciando uma situação comprometedora flagrada no trânsito gaúcho. O condutor tecla ao celular e bebe um líquido que parece cerveja, tudo ao mesmo tempo, enquanto dirige.
?é revoltante e muito triste. As pessoas têm a informação, sabem dos riscos e mesmo assim ignoram e continuam se comportando como se não soubessem o que uma atitude como essa pode causar?, diz Eliane Pietsak, pedagoga e especialista em trânsito.
Conduzir sob efeito de bebida alcoólica é um ato criminoso, de acordo com a legislação em vigor. Apesar disso, mais de 50% dos acidentes de trânsito no Brasil, envolvem alguém alcoolizado.
Já um estudo do NHTSA -departamento de Trânsito dos Estados Unidos- revela que o uso de dispositivos móveis ao volante aumenta em até 400% o risco de acidente. Mesmo assim, os riscos parecem não ser levados a sério pelos motoristas.
O comportamento no trânsito é um indicador preciso das características de cada indivíduo. Quem tem boa maturidade e equilíbrio sabe controlar suas tendências ou atitudes inadequadas. ?A grande maioria dos motoristas (mais de 2/3) raramente comete infrações ou envolve-se em acidentes de trânsito. Assim, quase todos os problemas são causados por uma minoria de motoristas cujo comportamento, sob aspectos psicológicos, é decorrente da dificuldade de lidar com as pressões da vida?, explica Pietsak.
Mesmo registrado em vídeo, o condutor que cometeu essas infrações, nesse caso, não pode ser autuado. é obrigatório que a cena seja flagrada pelo agente de trânsito, o único que pode tomar todas as providências necessárias.
?A dificuldade de lidar com as pressões da vida, além de outros fatores, como a personalidade e a própria educação do indivíduo, podem levá-lo a apresentar esse tipo de comportamento. A fiscalização, nesse caso, seria essencial?, conclui a especialista.
- Portal do Trânsito - Por Mariana Czerwonka -